Ter um ou vários animaizinhos de estimação é um tema que já tomou dimensões grandiosas, as quais talvez até fossem inimagináveis décadas atrás. Essa interação traz resultados muito positivos, tão conhecidos por todos que convivem com eles no dia-a-dia
Uma casa com crianças fica mais alegre ainda quando a elas se juntam essas adoráveis criaturinhas e elas podem, comprovadamente, ajudar muito as pessoas no ambiente familiar, ou fora dele, que sofram com ansiedade ou depressão.
Até leis já foram sancionadas para dar a máxima atenção e proteção àqueles que prestam serviços tão essenciais, como é o caso da Lei nº 11.126/2005, que "Dispõe sobre o direito do portador de deficiência visual de ingressar e permanecer em ambientes de uso coletivo acompanhado de cão-guia" e o da Lei nº 13.830/2019, estabelecendo aspectos acerca da prática da equoterapia, que consiste no "método de reabilitação que utiliza o cavalo em abordagem interdisciplinar nas áreas de saúde, educação e equitação voltada ao desenvolvimento biopsicossocial da pessoa com deficiência".
São em todos os aspectos, companhias maravilhosas, mas, em princípio, necessitam de certa liberdade de movimentação e amplitude de espaços. Como já se sabe por fascinantes experimentos científicos, até mesmo os gatos, conhecidos por dormir horas intermináveis diariamente, gostam de esticar bastante as patas com frequência .
Nossos companheirinhos já estão alcançando no mundo todo um status diferenciado, que sempre mereceram.
Em reportagem da Revista Exame, lê-se que "Está em análise na Comissão de Meio Ambiente (CMA) projeto que cria no Brasil o marco regulatório dos animais de estimação (PL 6.590/2019).
O autor, senador Luis Carlos Heinze (PP-RS), explica que seu objetivo é, além de reconhecer a importância que esses animais têm para o ser humano, conferir segurança jurídica aos segmentos econômicos envolvidos no setor.
Com base em dados oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Heinze aponta que o Brasil já é o segundo país na quantidade de animais de estimação.
Os números de 2018 indicam a presença de 139,3 milhões desses animais. São 54,2 milhões de cães, 39,8 milhões de aves, 23,9 milhões de gatos, 19,1 milhões de peixes e 2,3 milhões de outras espécies (répteis, anfíbios e pequenos mamíferos).
O Brasil já tem mais cães e gatos do que crianças em seus lares, segundo o IBGE." Fonte - https://exame.com/brasil/brasil-podera-ter-marco-regulatorio-dos-animais-de-estimacao
Como se não bastasse, nós também os encontramos em plena vigilância nos aeroportos, rodovias e fronteiras para impedir o tráfico de drogas
Atento a essa crescente interação, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística realizou em 2007 um levantamento bastante detalhado em vários aspectos, como se pode ver no relatório da Pesquisa Domiciliar sobre Cães e Gatos - Humanização e Padrões de consumo - CDHPET -, ali se vendo que, "com relação ao principal motivo pelos quais os cachorros foram adquiridos, destaca-se companhia e diversão/afetividade, com a maior participação, 83,2%." Fonte: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv39560.pdf
A mais recente dádiva dessas fofuras é proporcionarem conforto e companhia para pessoas que, portadoras de alguma instabilidade emocional ou condição pessoal, como o autismo, de outro modo nem sequer conseguiriam viajar. E isso foi tão levado a sério que já foram proferidas decisões judiciais reconhecendo a várias pessoas o direito a tê-los do lado para se deslocarem e há um projeto de lei tramitando sobre a questão.
A justificativa para a apresentação desse projeto de lei foi de que "não há qualquer dúvida que os animais de estimação trazem benefícios à saúde de qualquer pessoa. São diversos estudos que indicam que essa interação provoca o aumento da produção e liberação de, pelo menos, dois 'hormônios da felicidade': a serotonina e a dopamina, diminuem os níveis de estresse, promovem estímulo para a prática de atividade física, estimula a socialização, ajuda a combater a depressão, entre outros pontos favoráveis. / Contudo, para algumas pessoas com deficiência ou com transtornos psicológicos e/ou emocional, a presença de um animal pode ser essencial para que suportem os desafios que poderiam comprometer seu dia a dia. Para esses casos, contamos com os animais de assistência emocional e os animais de serviço. / Os primeiros são aqueles de qualquer espécie utilizados com fins terapêuticos para o tratamento de doenças psicológicas e psiquiátricas, pois a sua presença traz conforto, segurança e apoio aos seus donos. Não necessitam de treinamento, bastando ser obediente ao dono de forma a possibilitar seu convívio com outras pessoas e animais de forma harmoniosa. / Já os animais de serviço são submetidos a treinamento específico de determinadas tarefas com o propósito de colaborar ou facilitar a vida das pessoas que possuem algum tipo de deficiência física. Normalmente os animais de serviço são cães, em razão de sua facilidade de aprendizado e comprometimento." ( Fonte : https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=2257498).
Acima de tudo, sempre se deve lembrar daquela situação famosa e muito comum em que o filhotinho chega bem pequenino e o lugar onde você mora é, para ele, um mundo enorme, cheio de cantos para explorar.
Ocorre que o tempo passa e ele, é lógico, cresce. 😊